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‘Doações foram legalmente registradas’, afirmam tesoureiros

Responsáveis pelas campanhas petistas citadas por delator negam irregularidades em doações da UTC

Foto do author Andreza Matais
Por Andreza Matais e Fabio Fabrini
Atualização:

Brasília - Tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi informou, em nota, que “manteve contatos de forma transparente com diversas empresas em busca de doações eleitorais, portanto legalmente registradas, incluindo Ricardo Pessoa”. Segundo ele, “todas as doações feitas pela UTC foram realizadas via Transferência Eletrônica Direta (TED), registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. “Não solicitei nem recebi doação que não seja legal; os dados das prestações de contas são públicos e estão disponíveis no site do TSE para consulta.”

O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, disse que ainda “não tem conhecimento oficial sobre a delação (de Ricardo Pessoa)”. “As notícias que estão circulando não correspondem à realidade porque Vaccari jamais solicitou doação de caixa 2 ou para caixa 2”, afirmou. Ele acrescentou que os pedidos sempre foram de “doações legais, por via bancária, com recibo e as respectivas prestações de contas ao Tribunal Eleitoral e às demais autoridades competentes”.

A planilha apresentada por Pessoa no processo de delação premiada também relaciona o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto Foto: Dida Sampaio/Estadão

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O ministro Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, informou que esteve com Pessoa por três vezes para tratar de doações de campanha. “A primeira, quando o conheceu, foi quando o empresário esteve no comitê da campanha em Brasília. O empresário, após o primeiro contato, organizou o fluxo de doações em três parcelas que totalizaram R$ 7,5 milhões.” 

O ministro disse que “jamais tratou de assuntos relacionados a qualquer empresa, ou órgão público com o referido empresário”. Ele ressaltou que as contas da campanha de Dilma “foram auditadas e aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”. 

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