A primeira campanha eleitoral no Brasil a utilizar o sistema de arrecadação de recursos online foi a de Marina Silva para a Presidência da República em 2010. Lançado em agosto daquele ano, o sistema só aceitava doações de pessoa física através de cartão de crédito emitido no Brasil. Ao criar o sistema, a campanha do PV argumentava que era preciso abrir a possibilidade para fontes pequenas de doação e reduzir a dependência dos grandes doadores. Dos R$ 24,108 milhões arrecadados pela campanha, aproximadamente R$ 170 mil vieram das doações pela internet nos 58 dias em que o site ficou disponível para arrecadação.
Criptografado, o sistema de arrecadação aceitava doações a partir de R$ 5. O site da campanha exigia apenas o número do CPF do doador (que precisava estar em dia com a Receita Federal), endereço para correspondência, telefone, além dos dados do cartão de crédito. A legislação eleitoral brasileira não permite doações de empresas via internet.
Ao fazerem a doação, os "marineiros" recebiam um recibo que deveria ser anexado à declaração anual de rendimentos de 2011, uma vez que a campanha encaminharia ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os valores doados individualmente. As doações eram limitadas a 10% do rendimento declarado pelo doador no Imposto de Renda relativo a 2009.