Dívida tucana será coberta com donativos, diz tesoureiro de Aécio

Coordenador financeiro da campanha do PSDB minimiza déficit alegado de R$ 15 mi e diz que ainda entrarão doações para a sigla 

PUBLICIDADE

Por ANA FERNANDES
Atualização:

São Paulo - O ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, José Gregori, que foi o coordenador financeiro da campanha do senador Aécio Neves (PSDB) à Presidência da República, disse nesta quarta-feira, 26, ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que a dívida da campanha tucana será coberta por meio de donativos prometidos e, provavelmente, por campanhas de arrecadação a serem promovidas pelo PSDB.

O ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso, José Gregori Foto: Silvana Garzaro/Estadão

PUBLICIDADE

O saldo devedor de cerca de R$ 15 milhões passa a ser do PSDB com o encerramento das contas do período eleitoral. O ex-ministro disse que há doações que foram feitas em parcelas e que ainda entrarão no caixa do PSDB em dezembro. Ele não revelou a quantia e preferiu também não falar em um prazo para o partido quitar a dívida.

Segundo Gregori, são três os credores significativos do passivo de campanha: duas gráficas e uma empresa de publicidade. "No nosso caso, o que facilita é que são poucos os credores. São firmas conhecidas que já ao longo do tempo trabalham com o PSDB e sabem que nós não vamos dar o calote em ninguém", disse o tucano.

O valor declarado por Gregori, contudo, difere do contabilizado pela prestação de contas da campanha ao TSE. Ao falar com o Estado na terça, ele não soube explicar o motivo e afirmou que a diferença poderia ser explicada pelo contador do partido, que não foi localizado pelo Estado na terça. O ex-ministro minimizou a questão de ter ficado um déficit nas contas da campanha e avaliou que uma futura reforma política pode melhorar o sistema. "É da dinâmica da campanha eleitoral você ter dificuldades, por esse sistema que eu acho nós vamos aperfeiçoar e vamos chegar um dia, não sei se para meus dias ou dos meus filhos ou netos, em que as campanhas custem apenas uma pequena contribuição que cada correligionário possa dar." José Gregori compareceu à missa de sétimo dia do também ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, de quem foi veterano na faculdade de Direito da USP. Berlinda. Gregori afirmou que neste momento de denúncias envolvendo a Petrobrás, na Operação Lava Jato, o governo e pessoas de empreiteiras que estiverem "na berlinda" sentirão falta da orientação qualificada de Thomaz Bastos. A missa, realizada no início da tarde desta quarta-feira em uma igreja da capital, reúne personalidades do mundo jurídico, especialmente advogados, além de políticos. Está presente também o ex-prefeito Paulo Maluf, que não falou com a imprensa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.