Dissidentes do MST invadem Incra em Cuiabá

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Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 400 trabalhadores rurais dissidentes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiram nesta segunda-feira, 5, a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Cuiabá. Os sem-terra, cujo movimento ainda não tem nome, estavam na frente do prédio e resolveram ocupar as salas do imóvel no começo da noite. Eles reivindicam a desapropriação de duas fazendas localizadas nos municípios de Pedra Preta e Barra dos Bugres para assentar 1.200 famílias. Um dos líderes do grupo de trabalhadores, Raimundo Corrêa Rocha, disse que os sem-terra vão permanecer no prédio do Incra por tempo indeterminado. ?Queremos ser reconhecidos como movimento legítimo e lutarmos por nossas causas?, disse ele. A assessoria de imprensa do Incra informou que não foi apresentada nenhuma pauta de reivindicação foi apresentada ao órgão. O MST nega participação no grupo que invadiu a sede do Incra. Segundo o coordenador estadual do movimento, Wendel Girotto, a liderança do grupo ? oriundo da região de Rondonópolis e Pedra Preta ? é formado por dissidentes ?sem legitimidade?. ?Os coordenadores não estão interessados em reforma agrária, mas em explorar os trabalhadores?, acusa Girotto. ?Acredito até que haja interesses políticos por trás disso?. Nesta terça-feira, o MST divulgará nota para ?se isentar? de qualquer responsabilidade sobre o invasão. ?Eles (o grupo dissidente) já tentaram usar a nossa bandeira em outra oportunidade, mas não permitimos?, afirmou Wendel Girotto. A coordenação do MST em Mato Grosso aguarda para esta terça-feira a resposta do juiz Augusto Veras Gadelha sobre o pedido de relaxamento de prisão dos oito sem-terra acusados de saquear a carga de três carretas na região de Mirassol D?oeste a 300 quilômetros de Cuiabá), na semana passada. Eles foram presos acusados pelos crimes de roubo e formação de quadrilha.

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