
03 de dezembro de 2015 | 13h45
Brasília - Um dos principais críticos tanto da presidente da República, Dilma Rousseff, quanto do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) chamou de "consagração da chantagem anunciada" a guerra instaurada com a deflagração do processo de impeachment da petista depois que o PT anunciou que não apoiaria o peemedebista no Conselho de Ética.
"A presidente não pode se fazer de vítima, estava negociando com um chantagista", afirmou Vasconcelos.
Defensor do impeachment, o deputado, que já foi senador e governador de Pernambuco, disse que a abertura do processo é algo importante, mas fez ressalvas. "Ele (Cunha) não tem condições de comandar este processo", afirmou.
Jarbas Vasconcelos disse que já considerava Cunha um "chantagista". Afirmou que o presidente da Câmara chantageou tanto o governo quanto a oposição.
Vasconcelos disse duvidar da versão apresentada pelo presidente da Câmara de que não sabia que o líder do PSC, André Moura (SE), seu aliado, negociou com o governo apoio no Conselho de Ética em troca da aprovação da CPMF. "É uma pessoa dele, papel carbono dele", disse o deputado pernambucano.
Para o deputado, nem Dilma nem Cunha terminarão seus mandatos. "Os dois caem, mas ele cai primeiro, em nome da moralidade", afirmou.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.