Discurso de ACM deve elucidar episódio, diz Inocêncio

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Por Agencia Estado
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O líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira, defendeu hoje o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), apostando que no discurso que fará amanhã, o senador baiano venha a ajudar o Senado a elucidar o episódio da violação do painel eletrônico de votação. O líder acredita que ACM admitirá ter visto a lista de votos, mas que conseguirá comprovar que a ordem para a violação da votação partiu, exclusivamente, do ex-líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (sem partido-DF). "Se o presidente do Senado quisesse fazer isso não precisaria de um intermediário. Ele simplesmente faria", disse Inocêncio. Ele insistiu que Arruda, adversário político de Luiz Estevão no Distrito Federal - ambos pretendiam disputar o governo nas próximas eleições - era o principal interessado em saber como votaram seus colegas. O Conselho de Ética do Senado já confirmou para às 14h30 de amanhã o depoimento do senador Antônio Carlos Magalhães sobre o seu envolvimento no episódio de violação do painel eletrônico do Senado. O Conselho marcou também para as 9 horas desta sexta-feira o depoimento do senador José Roberto Arruda. PFL não apoiará CPI da Corrupção Inocêncio deixou o Palácio da Alvorada, no início da tarde de hoje, garantindo que o PFL não assinará requerimento para a criação da CPI da Corrupção. Segundo ele, mesmo depois de conversas permanentes com as lideranças do partido nem mesmo a bancada carlista apoiará o requerimento da oposição. Durante o encontro, segundo relato do líder do PFL, o presidente Fernando Henrique Cardoso demonstrou preocupação com a possibilidade da criação da CPI. Reiterando não ter nada a temer, o presidente, segundo Inocêncio, lhe disse que uma CPI no Congresso teria um efeito negativo na economia. Fernando Henrique também teria comentado, ainda segundo ele, o escândalo da violação do sigilo na votação do Senado da cassação do mandato do ex-senador Luiz Estevão. O presidente reafirmou que não vai interferir no episódio e disse que o assunto é de exclusividade do Congresso.

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