PUBLICIDADE

Diretório Nacional do PT, em São Paulo, amanhece pichado

Na porta do local foram escritas mensagens contra a corrupção

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:
Diretório do Partido dos Trabalhadores, no centro de São Paulo, amanhece com pichações Foto: Nelson Antoine/Estadão Conteúdo

O diretório do Partido dos Trabalhadores (PT) amanheceu pichado no domingo, 6, dois dias após o ex-presidente Lula prestar depoimento na 24ª fase da Operação Lava Jato. Na porta do local, que fica no centro de São Paulo, foram escritas as mensagens "basta de corrupção" e "País da impunidade".

No sábado, 5, a porta da garagem do Instituto Lula, na zona sul da capital paulista, também amanheceu pichada com frases contra Lula. Nelas, lia-se "Luladrão", "basta de corrupção" e "sua hora chegou corrupto". Durante a tarde do mesmo dia, o grafiteiro Tody One cobriu as mensagens com um desenho, nas quais se destacavam os dizeres "Luta de 'Povo'", "Força Luta Negro Luta", "Xenofobia não passará. Somos Nordeste. Somos fortes... Somos Luta!".

Instituto Lulano Ipiranga, zona sul de São Paulo, amanhece pichado com mensagens contra ex-presidente Foto: REUTERS/Marcelo Machado de Melo

As pichações ocorreram após a condução coercitiva do ex-presidente – quando o investigado é levado para depor e liberado – na sexta-feira, 4, durante a Operação Aletheia, ápice da Lava Jato. O Instituto Lula foi um dos locais vasculhados pela PF. Os investigadores sustentam que a entidade teria recebido repasses de empreiteiras que formaram cartel no esquema de corrupção na Petrobrás "a título de supostas doações e palestras". Lula falou por mais de três horas em uma sala da Polícia Federal no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

Grafiteiro Tody One desenhou imagens sobre pichação no portão da garagem do Instituto Lula Foto: Reprodução

Em coletiva após o depoimento, o petista disse ter se sentido ultrajado com a operação. "Eu me senti ultrajado, como se fosse prisioneiro, apesar do tratamento cortês do delegado da Polícia Federal", disse. No final da coletiva, Lula mandou um recado. "Se quiseram matar a jararaca, não bateram na cabeça, bateram no rabo. A jararaca tá viva, como sempre esteve."

Na noite de sexta-feira, 4, centenas de pessoas protestaram na Avenida Paulista contra o ex-presidente. E, na manhã de sábado, 5, dezenas de apoiadores se reuniram em frente ao prédio onde ele mora em São Bernardo do Campo, São Paulo. Vestidos de vermelho e empunhando faixas e cartazes em defesa da democracia e em apoio ao petista, os manifestantes permaneceram no local para receber a presidente Dilma Rousseff, que visitou o ex-presidente.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.