Diretor-executivo da Polícia Federal é exonerado do cargo

Romero Meneses teve o nome envolvido no vazamento de informações da Operação Toque de Midas

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Por Sandra Manfrini
Atualização:

As grandes operações da Polícia Federal (PF) fizeram uma vítima caseira. O delegado Romero Lucena de Meneses foi exonerado do cargo de diretor-executivo da corporação. A decisão está publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 30, que já traz a nomeação de Luiz Pontel de Souza para ocupar o cargo. Veja também: Entenda a Operação Toque de Midas  Meneses estava afastado do cargo desde setembro, quando teve seu nome envolvido em suspeitas de vazamento de informações sigilosas da Operação Toque de Midas para supostamente beneficiar seu irmão, um dos alvos da ação policial. A Toque de Midas, deflagrada em julho, investigava o suposto favorecimento à empresa MMX, do empresário Eike Batista, na licitação do processo de exploração da estrada de ferro que liga o município de Serra do Navio ao Porto de Santana, no Amapá. O irmão do delegado prestaria serviços a MMX. Ambos negaram qualquer irregularidade. Meneses chegou a ser detido no edifício-sede da PF e solto em seguida por força de habeas corpus. Além de processo judicial, já aberto na Justiça do Amapá, a PF abriu procedimento na corregedoria para verificar se a denúncia procede ou se Menezes foi vítima de exploração de prestígio pelo irmão. O caso ainda não foi encerrado. Segundo a PF, a decisão de exonerar o número dois ocorre pelo fato de Menezes ocupar um "cargo estratégico" na instituição e não ser de interesse da administração pública manter um dos maiores níveis hierárquicos sob o comando de um interino. Atualizado às 21 horas para acréscimo de informações

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