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Direitos humanos criticam absolvição no caso Dorothy, diz NYT

Jornal lembra promessas de Lula em 2005, época do crime, quando prometeu 'não sossegar até achar criminoso'

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Por Redação
Atualização:

Advogados de direitos humanos e o governo brasileiro criticaram a absolvição de Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser o mandante da morte da missionária norte-americana Dorothy Stang, no Pará, segundo o jornal The New York Times.   Veja Também: Entenda o caso da missionária Dorothy Stang   Acusado de assassinar Dorothy Stang se contradiz ao depor   O jornal lembra a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva , que disse que o governo não sossegaria enquanto os assassinos não fossem punidos. O ministros dos Direitos Humanos, Paulo Vannuci, mostrou-se em desacordo com a decisão da Justiça. "A absolvição reforça o sentimento de impunidade que é tao difuso em nosso País, o que abre caminho para mais crimes e violências, disse.   "O poder econômico continua a reinar no Pará, disse Margarida Pantoja, membro da comunidade Dorothy, um grupo de advogados de direitos humanos e irmãs católicas em Belém. "Voltaremos a insegurança", disse.   O irmão de Dorothy, Tom Stang, disse que a família ficou arrasada com a decisão da Justiça. "Aquele homem se ofereceu como se fosse sacrificado", disse.   Rayfran das Neves Sales, que admitiu ter disparado seis tiros contra a missionária, se contradisse no seu depoimento na última terça-feira. Anteriormente, ele havia dito que matara a missionária a mando de Bida, mas na última terça-feira retirou a acusação e assumiu a culpa sozinho. Ele foi condenado a 28 anos de prisão.

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