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Direitos de resposta disparam no 2º turno

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

Durante a campanha de segundo turno deste ano, a Justiça Eleitoral julgou dez vezes mais pedidos de direito de resposta do que nas eleições municipais de 2004. Até a tarde de ontem, tinham sido julgadas 20 representações com esse intuito, ante apenas duas de todo o segundo turno das eleições passadas. Os números dão uma dimensão do acirramento da disputa na reta final desta campanha. A coligação da candidata Marta Suplicy (PT) entrou com 34 pedidos de direito de resposta, enquanto seu adversário, Gilberto Kassab (DEM), fez 29 representações. A Justiça Eleitoral concedeu 12 direitos de resposta, todos em favor de Kassab - um deles foi deferido parcialmente. O prefeito teve ainda quatro pedidos indeferidos. Dos pedidos feitos pela coligação do PT, apenas quatro foram julgados - todos indeferidos. A totalidade das decisões que favoreceram a candidatura de Kassab se refere à propaganda da campanha de Marta sobre a vida pessoal do adversário. Os juízes Cláudio Luiz Bueno de Godoy e Marco Antonio Martin Vargas, da 1ª Zona Eleitoral, que dividiram a pauta de julgamentos, entenderam que, ao suscitar dúvidas de caráter pessoal sobre o candidato, a propaganda ofende sua honra e foge do propósito de esclarecer o leitor. ESTRATÉGIA A campanha de Kassab optou por representar individualmente para cada modalidade de mídia, por isso as representações foram julgadas de forma isolada. A candidatura de Marta entrou com recursos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Na única decisão emitida, o efeito suspensivo pedido no recurso não foi concedido. Os direitos de resposta obtidos por Kassab desfalcaram, nos últimos dias, o tempo da propaganda da candidata petista no rádio e na televisão. Em um único julgamento, ele teve julgadas a seu favor nove representações. A campanha do prefeito teve direito a um minuto de resposta por inserção em cada veículo. Há quatro anos, a disputa também envolvia Marta e seu adversário era o atual governador José Serra (PSDB). O único direito de resposta concedido pela Justiça Eleitoral resultou de representação do ex-governador tucano Geraldo Alckmin contra a candidata petista. Marta também pediu direito de resposta contra notícia veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo, mas não foi atendida.

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