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Dirceu responderá por crime de corrupção ativa

Por NATUZA NERY E RICARDO AMARAL
Atualização:

No quarto dia de julgamento do mensalão, o Supremo Tribunal Federal acatou a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pelo crime de corrupção ativa. A denúncia foi aceita por unanimidade nesta segunda-feira e Dirceu terá de responder a ação penal, ficando sujeito à prisão de dois a 12 anos além de multa. Ainda nesta noite, o STF também acatou denúncia contra o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, por corrupção ativa. A corte ainda vai examinar denúncia contra Dirceu por formação de quadrilha (um a três anos de prisão). Na sexta-feira, o plenário rejeitou a acusação de peculato feita ao ex-ministro petista. Dirceu foi acusado pelo procurador-geral de ter comprado "apoio político" de nove líderes e dirigentes de partidos da Câmara dos Deputados: PP, PL (atual PR), PTB e PMDB, que responderão pelo crime de corrupção passiva. O advogado de Dirceu, José Luis de Oliveira Lima, que acompanha o julgamento em Brasília, reagiu à decisão. "Aprendi desde a época da faculdade que decisão judicial tem de ser respeitada e cumprida, o que não significa que eu concorde", afirmou a jornalistas. Oliveira Lima voltou a defender que não há fato que dê respaldo à decisão do STF e que todos os envolvidos negaram a participação de Dirceu. A exceção, lembrou, foi o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), cassado pela Câmara justamente por ter acusado o petista sem provas. Jefferson terá de responder a ação penal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em decisão tomada pela Corte antes da de Dirceu.

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