12 de agosto de 2011 | 18h11
"Se PT e PMDB se entendem, os outros partidos como PCdoB, PSB, PR você coesiona. Acho que não há risco de o governo ficar sem maioria", afirmou, em encontro com aliados em Contagem (MG). "Quando há problemas na base temos que sentar, discutir e resolver. Para isso tem os ministros responsáveis pela situação política", acrescentou, citando a chefe da pasta de Relações Institucionais, Ideli Salvatti.
A "repactuação" com os aliados foi um conselho de Lula à presidente para evitar uma crise governabilidade. Mas, apesar das obstruções de votações na Câmara, Dirceu não vê "instabilidade política" no governo nem possibilidade de o Executivo ficar sem apoio no Congresso. "Não podemos misturar. Teve problemas no Ministério dos Transportes, o ministro Antônio Palocci teve que sair do governo. Isso é fato. Há denúncias de convênios que são investigados. O que não pode é transformar isso numa crise política, (nem dizer) que o governo vai perder maioria, porque não condiz com a realidade", sentenciou.
Para o ex-ministro, "sempre vai existir" a cobrança por cargos, liberação de emendas parlamentares e atritos pontuais com partidos aliados, mas ele não vê risco de uma grande rebelião na base porque, na sua opinião, os aliados não discordam do programa de governo de uma forma geral. "Estão divergindo por políticas determinadas que podem ser resolvidas. Eu não me preocupo com isso", disse.
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