Dirceu, Genoino e Delúbio viram réus no STF por corrupção ativa

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Por Redação
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Três dos quatro integrantes do ''''núcleo político-partidário'''' do esquema do mensalão - expressão usada pelo Ministério Público - tornaram-se ontem réus em ação penal por corrupção ativa. Integram esse grupo o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares. O ex-secretário-geral do PT Sílvio Pereira foi inocentado dessa acusação. Até agora, o Supremo Tribunal Federal (STF) já acatou denúncia contra 37 dos 40 acusados. Os ministros decidiram abrir processo por corrupção ativa também contra o publicitário Marcos Valério, apontado como operador do mensalão, e seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, além de Rogério Tolentino (advogado do publicitário), Simone Vasconcellos, ex-diretora da agência SMPB, e Geiza Dias, funcionária da agência. No julgamento, que deve terminar hoje, outra polêmica foi suscitada. O Ministério Público apontou a existência de uma ''''sofisticada organização criminosa'''', mas, por questão técnica, o STF enquadrou 10 réus por formação de quadrilha - crime punido com pena de até 3 anos de prisão, que procuradores consideram branda demais. Mesmo assim, Dirceu e os petistas estão apreensivos com a possível abertura hoje de processo por formação de quadrilha. Eles consideram o delito emblemático e o termo ''''quadrilha'''' com mais peso no imaginário popular do que peculato. De qualquer forma, os advogados preparam uma enxurrada de recursos. O defensor do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) será um dos primeiros a contestar a ação penal por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Já a defesa de Valério tentará invalidar as provas - documentos do Banco Central que indicariam empréstimos fictícios.

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