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Dirceu diz que taxação dos inativos é inegociável

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu garantiu hoje que os pontos básicos da reforma da Previdência são inegociáveis para o governo. Segundo ele, a taxação dos inativos está incluída entre esses pontos. "O Brasil tem que tomar uma decisão difícil. Mas todos sabemos que não é mais possível continuar com as atuais despesas", disse ele, explicando que a Previdência social gasta cerca de R$ 52 bilhões para custear apenas 4 milhões de aposentados. "É por isso que queremos uma reforma que faça justiça, que inclua os que estão fora do sistema e que arrecade recursos para que sejam feitos investimentos para todos, principalmente para aqueles que vivem abaixo da linha da pobreza", reiterou. Apesar da garantia que a taxação dos inativos é inegociável, o ministro lembrou que o Congresso Nacional é autônomo. E por conta disso, pode repactuar as propostas, já que o País vive um sistema democrático. Porém, ressaltou que para o governo Lula, seus ministros e suas bancadas, os pontos básicos da reforma são inegociáveis e todos devem se comprometer com a aprovação tanto da reforma tributária quanto da previdenciária. Ao ser questionado sobre a posição de alguns parlamentares que participaram hoje à tarde da abertura do primeiro seminário sobre as reformas propostas pelo governo Lula, em um hotel da capital, que defendem a retirada da taxação dos inativos e criticam outros pontos do projeto, o ministro da Casa Civil respondeu: "Faço parte desta bancada e sei que ela vai aprovar os projetos de reforma encaminhados pelo governo Lula enviados ao Congresso Nacional." José Dirceu lembrou, ainda, que o PT já havia aprovado no programa de Lula de 1996 todos os pontos principais das reformas que estão em discussão. "A única exceção é a cobrança dos inativos", reiterou ele. E explicou novamente que isto é essencial para o governo arrecadar mais recursos e investir no que é necessário. Ele não quis comentar nada a respeito dos radicais do partido. Indagado a respeito de como o governo estava vendo esta questão, respondeu: "O governo está vendo outros problemas do Brasil." Para o ministro, o seminário, que teve início hoje em São Paulo, mostra o "espírito público, democrático, transparente e pluralista do PT." Além disso, Dirceu assegurou: "Este seminário mostra também que o PT não tem medo de debater e discutir suas propostas."

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