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Dirceu diz que Aldo pode assumir Ministério da Defesa

Para o ex-ministro, se Aldo desistir da presidência da Câmara pode levar a pasta

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Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-ministro José Dirceu deu indicações nesta terça-feira de que o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) poderá ser contemplado com o Ministério da Defesa, caso desista de disputar a presidência da Câmara dos Deputados a favor do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Segundo ele, isso não seria um prêmio de consolação porque a possibilidade de Aldo assumir a pasta já havia sido aventada no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Se nós todos olharmos para trás, vamos ver que o nome de Aldo Rebelo, nesse caso específico, foi lembrado para ser ministro da Defesa em outros momentos", afirmou, em entrevista concedida nesta manhã para a Rádio Eldorado. "O presidente está escolhendo os ministérios a partir do próprio programa que o governo vai apresentar no próximo dia 22, de acordo com as necessidades de mudanças ministeriais. Muitas vezes essas mudanças são políticas, mas coalizões fazem parte da democracia, seja em regimes parlamentaristas ou presidencialistas", afirmou. Dirceu defendeu a idéia de que a base aliada lance apenas um candidato para a presidência da Câmara dos Deputados como forma de não repetir os erros da eleição anterior, quando o PT lançou dois candidatos e a divisão da base resultou na vitória do deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), com apoio de grande parte dos partidos da oposição. "Sustento essa posição pela própria experiência da eleição passada, quando a candidatura de Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP) e Virgilio Guimarães (PT-MG) levou à vitória de Severino Cavalcanti, que recebeu apoio da oposição, do PSDB e até do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso", afirmou. "Depois, a oposição se fez de rogada e fez tudo para tirar Severino do cargo achando que iria ganhar a presidência da Câmara. Corretamente, o PT abriu mão da candidatura e Aldo Rebelo (PC do B-SP) foi eleito. E foi um excelente presidente da Câmara", acrescentou. Para ele, a coalizão deve ser formada de forma majoritária entre o PT e o PMDB, e incluir os demais partidos aliados, sem diminuir sua importância. "O PT é o maior partido da coalizão, ao lado do PMDB, e eu sempre defendi, desde que cheguei ao governo, já como presidente do PT, que a chave para uma coalizão no Brasil, com o programa que o presidente Lula apresentou em 2002 e 2006, é a aliança do PT e do PMDB, sem prejuízo da importância do PSB e do PC do B", afirmou. Ele disse ainda que é importante trazer para a base partidos como o PV e o PDT, que também seriam importantes nessa coalizão. Ao ser questionado sobre se concordava com o ministro Tarso Genro, que acredita que o PT deve ceder espaço para não se isolar e prejudicar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dirceu respondeu que Tarso tem direito de opinar por ser membro do partido e ministro do governo, mas disse que a questão deve ser discutida com a bancada do PT e a direção do partido. "Concordo com a opinião de que o PT deve saber ceder e tem de saber coesionar a base que apóia o governo. O partido deve ser o catalisador de uma coalizão política e de um bloco social", disse.

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