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Dinheiro da Sudam pode estar em paraísos fiscais

Por Agencia Estado
Atualização:

O Ministério Público Federal e a Receita Federal do Pará estão investigando a possibilidade de o dinheiro desviado da Sudam ter sido lavado em paraísos fiscais do Caribe ou de parte dele estar depositado em bancos suíços. O procurador da República Felício Pontes Júnior não descarta as possibilidades, mas diz que seria prematuro, nesse momento, fazer qualquer afirmação nesse sentido. O delegado da Receita no Estado, Marco Antonio Almeida, que participa das investigações juntamente com procuradores de cinco Estados - Pará, Tocantins, Amazonas, Mato Grosso e Amapá -, explicou que as empresas e pessoas envolvidas em irregularidades terão o sigilo bancário quebrado pela via judicial. Almeida salientou que no trabalho de investigação não está sendo utilizada a prerrogativa administrativa concedida pela Lei Complementar 105, que permite a quebra do sigilo bancário, fiscal ou telefônico sem consulta ao Judiciário. "Preferimos o caminho da Justiça, porque estamos preocupados em formar provas dos crimes praticados na Sudam, além de considerar que os acusados estão recorrendo a advogados experientes para defendê-los", resumiu o delegado. Ele disse que na Justiça haverá o contraditório e o exercício da "mais ampla defesa dos acusados". Essa cautela também é manifestada pelos procuradores Ubiratan Cazetta e Felício Pontes Júnior. Eles entendem que uma prova colhida de maneira imprópria poderia contaminar as investigações e viciar o procedimento adotado conjuntamente pelo Ministério Público e Receita.

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