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Dilma vai usar tom conciliador em visita aos EUA

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Por AE
Atualização:

Depois de acusar os países ricos de patrocinarem um "tsunami monetário" com suas políticas expansionistas, a presidente Dilma Rousseff desembarca hoje à noite em Washington levando na bagagem um discurso mais conciliador.Em sua primeira visita oficial aos Estados Unidos, Dilma vai destacar amanhã, na Casa Branca, a necessidade de unir esforços no combate à crise econômica mundial, apesar das divergências. Ao lado do presidente americano, Barack Obama, ela baterá na tecla de que a resposta à instabilidade provocada pela manipulação cambial exige ação conjunta e imediata.Dilma insistirá no argumento de que a desvalorização artificial da moeda cria barreiras injustas à competitividade dos produtos, especialmente no Brasil. Mas o tom de seu principal pronunciamento será na linha de que ninguém tem a ganhar com uma competição predatória e sem o crescimento equilibrado do comércio internacional.Trata-se de uma viagem sem grandes expectativas para os dois lados, num momento de crise internacional, campanha de Obama pela reeleição e turbulências no Oriente Médio. Dilma vai aproveitar a visita de dois dias para "vender" um país de oportunidades, chamar os empresários para investir no Brasil e anunciar parcerias no programa Ciência Sem Fronteiras, que oferece bolsas de estudo no exterior.Acompanhada de sete ministros, a presidente percorrerá, na terça-feira, as instalações do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e da Universidade de Harvard, duas instituições dirigidas por mulheres, em Cambridge, na área metropolitana de Boston. Em Harvard, ela discursará na Kennedy School of Government.O Ciência Sem Fronteiras é, hoje, um dos poucos pontos de convergência na pauta entre Brasil e EUA. Do cancelamento de uma concorrência vencida pela Embraer para fornecimento de 20 aviões Supertucano à Força Aérea Americana a posições conflitantes em relação a Cuba, há vários contenciosos na relação. A Casa Branca não deixou de notar, por exemplo, que Dilma sequer mencionou a desvalorização artificial da moeda chinesa na Cúpula dos Brics - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, em Nova Délhi. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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