Dilma vai tratar da espionagem dos EUA na ONU

Por Elder Ogliari
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A presidente Dilma Rousseff revelou a dois jornais do Rio Grande do Sul que vai abordar a questão da espionagem norte-americana no Brasil e da neutralidade da internet durante a abertura da Assembleia das Nações Unidas, na semana que vem, em Nova York. A entrevista foi dada a jornalistas do Correio do Povo e Zero Hora, nesta segunda-feira, 16, em uma sala do aeroporto de Porto Alegre, pouco antes do embarque para Brasília. Dilma esteve na capital gaúcha para assinar os contratos de construção das plataformas P-75 e P-77 nos estaleiros da cidade do Rio Grande, na zona sul do Estado. A presidente não antecipou, no entanto, os detalhes do discurso. Reforma ministerialNa mesma entrevista, Dilma disse que a reforma ministerial não será feita agora, mas no final do ano ou início de 2014, de acordo com os interesses do governo e sem solução de continuidade.Ministro do Trabalho ficaApesar de suspeitas de irregularidades no Ministério do Trabalho, Dilma também afirmou que não tem motivos para afastar o titular da pasta, Manoel Dias, que "acabou de chegar". Nesta segunda-feira, o jornal O Estado revelou que o Tribunal de Contas de Santa Catarina pediu ao Tribunal de Contas da União para investigar denúncias de irregularidades em convênios abastecidos por dinheiro do ministério.Projetos gaúchosA presidente prometeu voltar ao Rio Grande do Sul mais duas vezes neste ano e, em uma delas "liquidar" a construção da segunda ponte sobre o Guaíba, prometida durante a campanha eleitoral de 2010. Ao mesmo tempo, avisou que não concederá toda a verba que a prefeitura de Porto Alegre e o governo do Rio Grande do Sul querem a fundo perdido para a construção do metrô de Porto Alegre. "A vida é dura para todo o mundo, se eu ficar dando só a fundo perdido não vou ter fundo perdido para dar", afirmou a presidente.

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