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Dilma vai ficar hospedada em hotel de luxo durante visita à Etiópia

Diária mais em conta para essa época não saem por menos de US$ 1 mil

Por Rafael Moraes Moura
Atualização:

ADIS ABEBA, Etiópia - A presidente Dilma Rousseff vai ficar hospedada em hotel de luxo na Etiópia, onde vai participar das comemorações dos 50 anos da União Africana com mais 22 chefes de Estado durante este final de semana. As diárias mais em conta para essa época não saem por menos de US$ 1 mil, inflacionadas pelas comemorações do Jubileu de Ouro da União Africana. Segundo afirmou o gerente de serviço a um hóspede, o hotel emprega 950 etíopes e conta com outras 50 pessoas de diferentes nacionalidades nas áreas de gerenciamento. Um rápido passeio revela a suntuosidade das instalações, com obras de arte espalhadas por paredes, fontes de água, piscinas e mobiliário novíssimo. Há restaurantes variados, piscinas e spa - por 700 Birr etíopes (R$ 77), é possível desfrutar o spa e receber uma massagem de 45 minutos. Por 363 birr (R$ 40), degustar uma salada - cifras inalcançáveis para a maioria da população etíope. Por conta do Jubileu de Ouro da União Africana, o hotel impôs uma cota para cada comitiva presidencial - no Sheraton, ficarão Dilma e pessoas próximas à presidente; o restante, incluindo ministros, foram alojados em outros lugares.O super hotel é propriedade do xeique Mohammed Al-Amoudi - cuja riqueza é estimada em US$ 13,5 bilhões. Segundo a revista Forbes, Mohammed, de 68 anos, é atualmente o maior investidor individual na Etiópia, com apostas no ramo de hotelaria, minas de ouro e agricultura. É filho de pai saudita e de mãe etíope e teria investido uma cifra bilionária para erguer o Sheraton Adis Abeba, aberto há 15 anos em uma área isolada do centro da cidade e considerado o melhor hotel do país. "Estar aqui é como de sair de Adis Abeba. A sensação é: 'Estou farta de toda essa pobreza, então vamos passar um domingo aqui", afirmou uma hóspede ao Estado. "Os etíopes acham o máximo do hotel, até os pobres têm o maior orgulho dele."

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