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Dilma será indenizada por sofrer tortura durante ditadura

Com o codinome ´Estela´, ministra participou da fundação de organização marxista e foi presa em 1970. A reparação econômica tem um valor único de R$ 20 mil

Por Agencia Estado
Atualização:

Ex-guerrilheira, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, vai receber do governo do Rio uma indenização por ter sido presa e torturada pelo regime militar. A compensação financeira foi aprovada no dia 14 de dezembro do ano passado pela Comissão Especial de Reparação da então Secretaria Estadual de Direitos Humanos. Na reunião, foram analisados 48 pedidos de militantes políticos que estiveram presos nas dependências de órgãos do governo estadual entre 1º de abril de 1964 e 15 de agosto de 1979. Segundo o atual subsecretário de Direitos Humanos, Lourival Casulo, que assumiu o cargo no mês passado, a reparação econômica é simbólica, e tem um valor único de R$ 20 mil. "Acredito que para as pessoas que entram com o requerimento, o mais importante não é o dinheiro, mas o reconhecimento do Estado de que estava errado", disse ontem ao Estado. Além da ministra, outras 18 pessoas tiveram seus processos aprovados em dezembro, enquanto o restante foi indeferidos por falta de documentação. A reparação concedida está prevista na Lei 3.744, em vigor desde dezembro de 2001. Desde então, deram entrada na secretaria 1.115 processos, sendo que 738 foram deferidos, e apenas 140 receberam a indenização até agora. Militância A ministra entrou na militância aos 19 anos, quando estudava Economia. Com o codinome "Estela", participou da reunião de fundação da organização marxista VAR (Vanguarda Armada Revolucionária)-Palmares, em Mongaguá, no litoral paulista, em 1969. Em janeiro do ano seguinte, foi presa. Dilma teria participado do assalto à casa de uma amante do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, no Rio. A ministra nega e diz que esteve envolvida apenas com o planejamento da ação.

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