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Dilma se reúne com deputados em busca de apoio a medidas de ajuste no Orçamento

Maior parte dos projetos anunciados depende do aval do Congresso para ser concretizada; retorno da CPMF é o mais polêmico

Por Gabriela Lara
Atualização:

(Atualizada às 11h02)

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff se reúne, na manhã desta terça-feira, 15, com deputados da base aliada no Palácio do Planalto. O encontro dá continuidade à articulação do governo federal para conseguir apoio dos parlamentares e garantir a aprovação das medidas para cobrir o déficit do Orçamento de 2016 anunciadas ontem. 

Representantes da base aliada entregam àpresidente Dilma um manifesto de apoio ao governo e contra o Impeachment Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Quatro ministros e 12 líderes da Câmara dos Deputados participam da reunião. Estão presentes os titulares da Casa Civil, Aloizio Mercadante, da Fazenda, Joaquim Levy, do Planejamento, Nelson Barbosa, e das Comunicações, Ricardo Berzoini. 

Já as lideranças que compareceram são os deputados José Guimarães, líder do governo na Câmara; José Picciani, líder do PMDB; Aluísio Mendes, líder do PSDC; André Figueiredo, líder do PDT; Domingos Neto, líder do PROS; Eduardo da Fonte, líder do PP; Jandira Feghali, líder do PC do B; Marcelo Aro, líder do PHS; Maurício Quintela Lessa, líder do PR; Rogério Rosso, líder do PSD; Ságuas Moraes, vice-líder do PT, e Wilson Filho, vice-líder do PTB. Alguns deses parlamentares se encontraram antes da reunião para assinar um manifesto em apoio à presidente.

A maior parte dos projetos anunciados ontem depende do aval do Congresso para ser concretizada. O mais polêmico deles é o retorno da CPMF, e o Executivo espera contar com a ajuda de Estados e municípios para levá-la adiante. A ideia é que governadores e prefeitos pressionem as bancadas na Câmara e no Senado para aumentar a alíquota de 0,20% durante a tramitação da proposta para, desta forma, ficarem com parte do total arrecadado. Da maneira como a proposta que restabelece a CPMF foi apresentada inicialmente, toda a alíquota ficaria com a União. 

A estratégia do governo federal foi posta em prática já na noite de segunda-feira, quando a presidente jantou com governadores para pedir apoio às medidas. Ao longo do dia de ontem, Dilma já havia entrado pessoalmente nas negociações ao fazer contato com diversas lideranças do Legislativo.

Além da prever a volta da CPMF, o pacote anunciado ontem pelo governo inclui um corte de R$ 26 bilhões nas despesas, adia reajustes a servidores públicos e eleva vários impostos, na tentativa de reverter o déficit de 0,5% do PIB (R$ 30,5 bilhões) no Orçamento de 2016 e alcançar um superávit de 0,7% no próximo ano - o equivalente a R$ 34,4 bilhões. Às 14 horas desta terça-feira, está prevista a reunião da presidente com as lideranças do Senado. 

A previsão é de que algumas lideranças conversem com a imprensa após o encontro. A presidente vai participar, ainda nesta terça, da cerimônia de entrega do XXVII Prêmio Jovem Cientista - Segurança Alimentar Nutricional, no Planalto.

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