Dilma reforça continuidade; Serra mantém confronto

PUBLICIDADE

Por EQUIPE AE
Atualização:

A campanha presidencial na televisão mostrou nesta tarde estratégias diferentes dos dois candidatos que disputam o segundo turno. O programa da candidata do PT, Dilma Rousseff, fez poucas menções diretas ao seu concorrente, José Serra (PSDB), e ressaltou que seu governo representará a continuidade e vai consolidar os avanços econômicos e sociais conquistados na administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos dez minutos do candidato tucano, foi adotada a tática do confronto, ressaltada pela repetição de cenas do debate realizado na TV Bandeirantes no último domingo.A campanha do PT afirmou que Dilma dará continuidade aos programas sociais do atual governo, como Luz para Todos, Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Ela comentou que a concessão de luz elétrica para famílias pobres é uma iniciativa pública que precisa ser gratuita. Segundo Dilma, o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso queria cobrar tarifas de energia da população mais carente. "Como pode cobrar de quem não tem luz?", questionou a ex-ministra da Casa Civil.O programa de Dilma afirmou que, se não fosse o governo Lula, 28 milhões de pessoas não teriam deixado a pobreza e 36 milhões de brasileiros não teriam ingressado na classe média. Um ator reforçou as diferenças do governo Lula e FHC/Serra, ao afirmar, entre outros comentários, que na administração tucana "carro era coisa de rico" e "desemprego era coisa de pobre"A campanha petista destacou que a candidata é "continuidade" e "inovação" do governo Lula e pretende criar seis mil creches pré-escolas e 500 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), que funcionarão 24 horas. Ela disse que tem fé em poder ajudar o Brasil a ser um País melhor e ressaltou que o presidente Lula é seu "grande mestre."A propaganda de Serra repetiu cenas do debate realizado domingo pela TV Bandeirantes. Ele renovou as promessas de campanha de que vai aumentar o salário mínimo de R$ 510 para R$ 600 e adotar um aumento dos aposentados do INSS de 10%, além de criar um milhão de vagas no ensino técnico.O programa tucano confrontou Serra e Dilma em vários momentos. Logo na abertura, sugeriu que a falta de experiência em cargos eletivos pode levar Dilma a repetir o "estrago" causado pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello. Em seguida, disse que a candidata do PT é apoiada pelos ex-presidentes Collor e José Sarney, enquanto Serra conta com a solidariedade de outros dois ex-presidentes, Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco. No final, o programa utilizou bonecos para comparar os currículos de Serra e Dilma, apresentada como uma candidata vazia.No programa, o PSDB exibiu cenas do debate nos quais Serra não defendeu as privatizações e foi até na direção contrária. "Vou fortalecer a Petrobras", disse. O candidato tucano mostrou-se surpreso no encontro realizado na TV Bandeirantes com as queixas de Dilma sobre comentários de Mônica Serra, mulher do candidato. "O que não está certo é sua esposa dizer que a Dilma é a favor de morte de criancinha", disse a candidata do PT no debate. Mônica fez tal comentário em Nova Iguaçu no dia 14 de setembro, quando se referia à descriminalização do aborto.Serra repetiu o apoio de governadores eleitos à sua campanha, como os do Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina e do senador eleito mineiro, Aécio Neves (PSDB). O candidato do PSDB fechou o programa ao desejar aos espectadores um bom dia de Nossa Senhora, padroeira do Brasil, e bom Dia da Criança.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.