Dilma recebe apoio no Congresso após ser chamada de 'galinha'

Bancada feminina realizou ato em solidariedade a ministra da Casa Civil também no caso do dossiê

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Por Lisandra Paraguassu
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A bancada feminina do Congresso Nacional foi nesta quarta-feira, 9, ao Palácio do Planalto para um ato de desagravo à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que na semana passada foi chamada de "galinha cacarejadora" pelo senador Mão Santa (PMDB-PI), em discurso no plenário. Dirigentes de entidades feministas também participaram da cerimônia, mas na saída ninguém falou com a imprensa.   Veja Também:   PF apreende 6 computadores para perícia no caso do dossiê Garibaldi cria CPI dos cartões no Senado Base fará de tudo para impedir CPI no Senado, diz Fontana PF abre inquérito para apurar vazamento de dados de FHC Dossiê com dados do ex-presidente FHC  Entenda a crise dos cartões corporativos    No ato, parte das parlamentares manifestaram também solidariedade à ministra, que vem sofrendo pressões no caso do suposto dossiê, que teria saído da Casa Civil, com gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, também participou do ato. A ministra, segundo relato de fotógrafos que registraram o encontro, declarou-se emocionada.   Lei do silêncio   A ministra impôs a lei do silêncio no Palácio do Planalto sobre o caso do dossiê com os gastos do ex-presidente Fernando Henrique e da ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Apesar disso, o vice-presidente José Alencar defendeu ontem o comparecimento de Dilma no Congresso para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Cartões . ?Eu penso que ir a uma CPI para prestar esclarecimentos à Nação, desde que haja honestidade absoluta de propósitos daqueles que são também responsáveis, porque foram eleitos pelo povo e estão representando o povo, é uma coisa normal?, afirmou Alencar. Alencar defendeu a ida da ministra à CPI minutos depois de ela se negar a falar sobre o dossiê. Após uma solenidade no Planalto, cercada de jornalistas, ela disse que não falará sobre o tema enquanto a Polícia Federal não concluir a investigação, aberta na segunda-feira. Além da ministra, silenciaram todos os outros funcionários da Casa Civil citados como participantes da reunião do dia 8 de fevereiro - quando teria sido tomada a decisão de coletar os dados para o dossiê. Ou não atendem ao telefone ou dizem, no máximo, que só o jornalista Nelson Breve, da assessoria de imprensa da Presidência, está autorizado a falar com os jornalistas.

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