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Dilma premia fidelidade do PMDB com recriação de órgão para o Centro-Oeste

Ex-prefeito de goiânia, Iris Rezende deve ser titular da Sudeco, que ainda não tem estrutura adminsitrativa

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Por Redação
Atualização:

A fidelidade do PMDB à aprovação do salário mínimo de R$ 545 será bem recompensada pela presidente Dilma Rousseff. Além das vice-presidências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal para políticos do partido, Dilma destinou ao PMDB a direção da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). O titular deverá ser o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende.

 

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O curioso é que a Sudeco, embora criada em 2009 pela Lei Complementar 129, ainda não foi montada nem tem nenhuma estrutura administrativa e funcional. Mas Dilma prometeu ao PMDB que, neste mês, assinará o decreto que determinará o número de funcionários, a sede e as subsedes.

 

O convite a Iris Rezende foi feito pelo ministro Antonio Palocci (Casa Civil), o encarregado da montagem do segundo escalão. A princípio, pensava-se em Iris para uma das vice-presidência dos bancos oficiais, mas a concorrência dentro do PMDB por estes cargos é tão grande que o próprio ex-prefeito de Goiânia não quis disputar uma das vagas. Como Dilma queria recompensá-lo pela fidelidade e por haver deixado a prefeitura para concorrer ao governo de Goiás, ela acabou por achar a direção da Sudeco.

 

De acordo com a Lei Complementar que criou a Sudeco, a autarquia vai administrar o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FCO), hoje em torno de R$ 4,5 bilhões em verbas previstas no Orçamento da União.

 

Antes da atual, existiu outra Sudeco, criada durante o regime militar. Ela substituiu a Fundação Brasil Central, em 1967, e foi extinta em 1990. Em 2004, o governo Lula propôs a sua recriação, o que ocorreu cinco anos depois. Mas Lula, embora tenha sancionado a lei, não estruturou a autarquia.

 

Ainda nas negociações para as nomeações de cargos do segundo escalão, ficou definido pelo governo que a presidência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) será mantida com o PTB. Mas há dúvidas quanto ao futuro do presidente Alexandre Magno de Aguiar no cargo. Uma ala do partido quer tirá-lo de lá.

 

O PTB, que oficialmente apoiou a candidatura do tucano José Serra à Presidência - mas registrou grande número de dissidências pró-Dilma -, não conseguiu um ministério, embora tenha aderido à base governista. Hoje o partido está unido e tem dado os votos a favor do governo. Na votação do salário mínimo, registrou apenas uma dissidência, a do deputado Arnaldo Faria de Sá (SP), que nunca vota com o governo.

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