Dilma põe Osmar Dias no BB e compensa apoio eleitoral do PDT

Anúncio do ex-senador pelo Paraná deve ser feito nesta quarta-feira; indicação também tenta prestigiar Estado, hoje comandado por tucano

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Por Redação
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BRASÍLIA - O governo bateu o martelo com o PDT para nomear o ex-senador pelo Paraná Osmar Dias para a vice-presidência de agronegócio do Banco do Brasil (BB), segundo confirmou uma fonte ao Estado. A vaga atualmente é ocupada pelo ex-ministro da Agricultura no final do primeiro governo Lula Luiz Carlos Guedes Pinto. O anúncio da indicação deve ser feito ainda nesta quarta, 6, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participará de almoço com o conselho diretor do BB e cuja agenda prevê às 15 horas um comunicado do ministro à imprensa ainda na sede da instituição. A assessoria do ministro, no entanto, não divulgou o tema do comunicado. No processo de distribuição de cargos entre os partidos aliados, a vice-presidência de Agronegócios do BB é parte da negociação. Com a provável indicação de Dias para o cargo, o governo tenta prestigiar um político aliado de um Estado de economia com forte presença agrícola, que hoje é governado por Beto Richa, do PSDB, partido que lidera o bloco oposicionista no Brasil.O governo também acaba por prestigiar o PDT, partido que ficou marcado no início do governo Dilma por despejar votos contra a proposta de aumento do salário mínimo para R$ 545, que foi vencedora no Congresso Nacional com apoio firme dos demais partidos da base aliada.Apesar de a indicação de um político para ocupar um cargo importante no BB não ser bem vista dentro da instituição, o nome de Osmar Dias, que é engenheiro agrônomo, não chega a ser rejeitado. A avaliação é que pelo menos o ex-senador conhece bem a área agrícola - ele já foi, inclusive, secretário de agricultura do Estado do Paraná no passado.Após a formalização da indicação ao BB, o nome de Dias precisará ser aprovado pelo Conselho de Administração do banco. Como o Tesouro Nacional é o acionista majoritário, no entanto, a votação é uma mera formalidade a ser cumprida, em reunião ordinária (prevista para daqui cerca de duas semanas) ou em uma extraordinária. Colaborou Adriana Fernandes

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