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Dilma poderá fazer mudanças na Petrobras, diz Temer

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Por Redação
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O vice-presidente Michel Temer indicou nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff poderá fazer mudanças na diretoria da Petrobras até o final do ano. "A presidente tomará as deliberações agora ou no final do ano em relação a essa matéria (mudança da diretoria da estatal)", disse Temer. Questionado sobre a situação da atual presidente da Petrobras, Graça Foster, Temer desconversou e disse apenas que a permanência ou não da executiva à frente da estatal "é uma questão administrativa".O vice afirmou ainda que, após a prisão de diretores das principais construtoras do País envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras na última sexta-feira, poderá ser preciso fazer uma "repactuação" dos contratos mantidos por elas com a estatal. "Acho que pode haver uma repactuação das obras na Petrobras, para eliminar eventuais exageros e, num segundo ponto, que uma eventual inidoneidade se dê em relação ao futuro e não em relação ao contrato existente", afirmou.Segundo Temer, "o governo está tranquilíssimo" em relação às investigações da Operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal. Ele destacou que a determinação da presidente Dilma é de "incentivar as apurações".Temer também foi questionado sobre a atuação de Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que é apontado pela Polícia Federal como operador do PMDB nos desvios de recursos da Petrobras. Fernando Baiano teve a prisão decretada na última sexta-feira pela Justiça, no curso da sétima fase da Lava Jato, e é considerado foragido.Apesar de afirmar que não há uma relação institucional entre o lobista e o PMDB, ele não descartou a possibilidade de Baiano ter relações com integrantes do partido. "Esse senhor não tem relação nenhuma com o PMDB. Ele pode ter eventualmente com um ou outro membro do PMDB. Institucionalmente jamais houve qualquer operador do partido" disse. Temer representou a presidente Dilma - que retornou hoje de viagem ao exterior - no seminário "Pacto pela Boa Governança: Um Retrato do Brasil", promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

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