Dilma pede a Marta que abandone pré-candidatura à Prefeitura de SP

Conversa endossada por Lula aconteceu minutos antes do embarque para a França, onde delegação brasileira participa do G20 de Cannes; ex-prefeita não respondeu

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Por Redação
Atualização:

A presidente Dilma Rousseff fez na segunda-feira, 31, um apelo à senadora Marta Suplicy (PT), para que abandone sua pré-candidatura à Prefeitura da capital paulista nas eleições de 2012. Endossada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a conversa aconteceu na segunda, no Aeroporto de Congonhas, minutos antes do embarque da delegação brasileira à França, onde a presidente participará do G20 de Cannes, nesta quinta e sexta-feira.

 

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Segundo a ministra-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, o encontro foi solicitado pela senadora e durou entre 10 e 15 minutos. "Dilma fez um apelo, afinada com o presidente Lula, para que Marta desista da candidatura", informou aos jornalistas brasileiros, justificando: "Marta foi a melhor prefeita que São Paulo já teve. É uma das lideranças do PT, mas Dilma apelou para que ela permaneça como primeira vice-presidente do Senado, onde ela tem um papel muito importante para o governo."

 

Segundo a ministra, Marta tem um papel estratégico no Senado, onde exerce o cargo de primeira vice-presidente - o substituto imediato do presidente da Casa, José Sarney. O Planalto avalia ainda que a senadora voltou a mostrar sua importância no Congresso nos últimos dias, quando "teve um papel decisivo na aprovação de pacotes importantes".

 

Para ilustrar o que dizia, Helena Chagas citou o Programa Nacional de Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), sancionado na segunda-feira após ser aprovado no Senado em 18 de outubro. "É fundamental para o governo ter uma maioria sólida no Senado", disse a ministra. De acordo com Helena Chagas, a conversa foi informal e marcada pela amizade entre a presidente e a senadora.

 

Durante o encontro, Marta não respondeu se acataria o pedido de Dilma e Lula - o que na prática abriria caminho para a candidatura do ministro da Educação, Fernando Haddad, o preferido do ex-presidente. Já em Cannes, o Planalto esperava uma manifestação da senadora abandonando sua intenção de disputar a indicação do PT à Prefeitura.

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