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Dilma pagará por ter sido honesta com a pior pena a uma pessoa pública, diz Paulo Rocha

Para líder do PT no Senado, presidente será condenada 'por não aceitar o toma-lá-dá-cá' da política

Por , Isabela Bonfim , Isabela Bonfim e Luísa Martins
Atualização:

BRASÍLIA - O líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), afirmou na madrugada desta quinta-feira, 12, que a presidente Dilma Rousseff (PT) pagará, por ter sido honesta, com a pior pena que uma pessoa pública pode enfrentar: o afastamento do cargo para o qual foi eleita. "A presidente da República não cometeu crime de responsabilidade, mas isso não terá importância, pois o que vale é o conjunto da obra", disse. "Ela não cedeu às chantagens do Eduardo Cunha (presidente afastado da Câmara dos Deputados), que cobrou o impossível, pois queria a impunidade e não sendo possível sabotou-a com as chamadas pautas bomba".

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Para Rocha, a presidente será condenada "por não aceitar o toma-lá-dá-cá" da política. "As cartas estão dadas e (o afastamento) será aprovado pela maioria", afirmou. O líder do PT criticou ainda a Operação Lava Jato, "usando parte do braço judiciário, nesse caso o Ministério Público, para criminalizar a política".

Após o discurso de Rocha, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), em seu primeiro discurso na Legislatura, pois voltou ao posto que era ocupado por seu suplente apenas para votar, fez o pronunciamento mais rápido de todos os senadores e, em 1 minuto e 47 segundos, limitou-se a declarar o voto pela admissibilidade do processo.