PUBLICIDADE

Dilma indica que não vai ceder sobre restos a pagar

Em almoço com senadores do PDT, presidente sinalizou que deve manter prazo do decreto apesar das reclamações da base aliada

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - No almoço com a bancada do PDT no Senado, a presidente Dilma Rousseff pediu aos senadores que não intensifiquem a pressão pela prorrogação do decreto sobre os restos a pagar relativos ao Orçamento de 2009 e não executados até o próximo dia 30 de junho, numa sinalização de que deve manter o prazo. Na segunda-feira, 27, o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que "a tendência do governo" é não prorrogar o decreto. Nesta terça-feira, 28, em almoço com líderes dos partidos da base, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reiterou a posição do Planalto.

 

PUBLICIDADE

Assinado pela presidente Dilma Rousseff no último dia 29 de abril, o decreto preservou as obras que estão em andamento relativas a 2007 e 2008 e fixou prazo até 30 de junho para que as obras e serviços com base nos restos a pagar de 2009 tenham início. A prorrogação deste prazo é um apelo dos líderes da base aliada para evitar o cancelamento de obras nos municípios.

 

"Milhares de pequenos municípios vão sofrer com isso (o cancelamento desses recursos)", admitiu o senador Pedro Taques (PDT-MT), que participou do almoço com Dilma. No entanto, ele se manifestou favorável à não prorrogação do decreto. Taques afirmou a Dilma que diante do contingenciamento de R$ 50 bilhões do Orçamento para cortar despesas, prorrogar o decreto comprometeria a credibilidade do governo.

 

Taques propôs a Dilma, ainda, que discuta com o Congresso, até o fim de seu mandato, o modelo de transferência de recursos federais por meio de emendas parlamentares individuais. Na avaliação do pedetista, esse instrumento transforma os parlamentares em "meros despachantes do Orçamento" e abre caminho para a corrupção.

 

Ainda durante o almoço, Dilma fez uma ampla exposição sobre a condução da economia nacional, reafirmando a prioridade do combate à inflação e da redução de juros . De acordo com o líder do PDT, Acir Gurgacz (RO), Dilma afirmou que a meta de seu governo é equiparar os juros brasileiros aos juros internacionais, de apenas um dígito.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.