
16 de julho de 2011 | 17h22
A chapa não será usada em submarinos. Ficará como uma espécie de marco da entrada do País no ramo da construção de veículos submersíveis de grande porte. Dilma recebeu também uma réplica do submarino convencional. "Esses submarinos vão compor um quadro de defesa nacional, jamais de ataque, porque somos um país comprometido com a paz. O País passa a ter um valor muito grande com a descoberta do pré-sal na plataforma continental", afirmou a presidente.
Ela ressaltou que o início da construção de submarinos é um "momento estratégico" para o País. "Sabemos que um pequeno grupo de países domina a construção do submarino, em especial os de propulsão nuclear. O Brasil dá mais um passo em direção à afirmação cada vez maior de sua condição de país desenvolvido, com indústria sofisticada", disse a presidente, lembrando que o grande mérito da operação foi a transferência de tecnologia.
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha prevê a construção de quatro unidades convencionais (sigla S-BR, de submarino brasileiro), da classe Scorpène, com tecnologia francesa. Firmado em 2008 na França, o contrato, que prevê transferência de tecnologia para o Brasil, está orçado em R$ 6,7 bilhões.
De acordo com a Marinha, o primeiro dos quatro submarinos deverá estará pronto em 2016, com a entrada em operação marinha em meados do ano seguinte. O Ministério da Defesa informou que o corte da chapa de aço significa o primeiro passo para a construção do submarino brasileiro com propulsão nuclear (SN-BR), cuja previsão de entrega é 2023.
Na solenidade, também foi anunciada a construção de um estaleiro, com término da obra fixado em 2014. Também será erguida em Itaguaí uma base naval e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem). A Nuclep produzirá os cilindros que formarão os corpos dos submarinos.
Segundo o Ministério, as obras físicas gerarão 9.000 empregos diretos e 27 mil indiretos. As obras dos submarinos empregarão 10 mil trabalhadores, dos quais 2.000 diretos.
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