Dilma fará reforma ministerial para ajustar base aliada

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Por João Domingos
Atualização:

A presidente Dilma Rousseff pretende fazer uma reforma ministerial para ajustar a base aliada à nova configuração política que resultará da eleição municipal e da escolha dos presidentes da Câmara e do Senado, em fevereiro. O PMDB deverá eleger Henrique Eduardo Alves (RN) presidente da Câmara e Renan Calheiros (AL) presidente do Senado. Com isso, terá maior poder de barganha com o governo e deverá exigir mais uma pasta.De acordo com informações do Palácio do Planalto, caberá ao PSD um ministério, pois o partido apoia a presidente há quase um ano sem ter recebido nada em troca. O problema é que após a briga da senadora Kátia Abreu (TO) com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o PSD ficou enfraquecido. A presidente vai aguardar que o partido escolha o nome do filiado que deverá fazer parte de sua equipe.Pelas informações de bastidores, Dilma trabalha no momento com alguns cenários que já estão perfeitamente encaixados e em outros que podem mudar, dependendo do resultado do segundo turno da eleição e do comportamento dos partidos aliados daqui para a frente.O PSB do governador Eduardo Campos, por exemplo, é tido como uma incógnita. O partido foi o que mais cresceu e sai fortalecido das urnas. Mas Dilma não tem ainda ideia de como Campos agirá. A suspeita é de que ele mantenha um pé na canoa do governo e outro na dos aliados que tem na oposição. Se isso ocorrer, a tendência da presidente será manter o PSB à frente dos ministérios da Integração Nacional e dos Portos. Se Campos der sinal de que romperá com Aécio Neves (PSDB), é considerado natural que o partido queira mais um ministério ou uma estatal importante.Eleição Caso o candidato petista Fernando Haddad vença a eleição para a Prefeitura de São Paulo, é certo que o PMDB do deputado Gabriel Chalita terá espaço dentro da prefeitura, podendo indicar secretários. Mas não há certeza quanto ao aproveitamento de Chalita num ministério. Já se falou na Educação e na Ciência e Tecnologia para ele, mas Dilma já deu sinais de que não deve mudar estas pastas.O futuro da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) depende do resultado da eleição em Curitiba (PR). Se Gustavo Fruet vencer, o casal de ministros Gleisi e Paulo Bernardo (Comunicações) sairá fortalecido. E as possibilidades de Gleisi antecipar a volta para o Senado para que possa ter mais tempo de atuar no Paraná tornam-se mais concretas. Gleisi pretende disputar o governo paranaense em 2014. Com a vitória de Fruet, que foi bancado por Gleisi e Paulo Bernardo, a presidente sabe que não terá mais condição de segurar sua ministra da Casa Civil. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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