15 de agosto de 2008 | 13h23
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta sexta-feira, 15, que irá participar de várias campanhas políticas durante as eleições municipais, mas que não poderá atender a todos os convites que, de acordo com ela, são muitos. A justificativa para não comparecer a todos os palanques, de acordo com Dilma, é a agenda pesada imposta pelo trabalho da Casa Civil. As afirmações da ministra foram feitas, em entrevista, após sua participação em um café da manhã com a bancada do PT do Distrito Federal, no Hotel Nacional, em Brasília. Veja Também: Lula flexibiliza ordem e deixa Dilma participar de campanha Depois de muita pressão do PT, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concordou em abrir "exceções" na ordem dada à chefe da Casa Civil, para que não participe das disputas municipais. Dilma aparecerá no programa de TV da candidata petista à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, e foi autorizada a ajudar a campanha de Gleisi Hoffman (PT), em Curitiba. Além disso, poderá atender a pedidos de candidatos onde a base aliada do governo estiver unida, como é o caso de Niterói (RJ), em que o concorrente é do PT e o vice, do PMDB. Para evitar saia-justa com partidos da coligação e preservar do bombardeio sua favorita à sucessão presidencial, em 2010, Lula só havia liberado Dilma para subir em palanques no Rio Grande do Sul, Estado onde ela construiu sua carreira política. Os petistas, porém, convenceram o presidente de que será impossível tirar a chefe da Casa Civil da vitrine eleitoral em plena campanha, principalmente em locais estratégicos. Questionada por jornalistas se pretende aumentar a proximidade com o partido, Dilma respondeu que tem dialogado não só com o PT, mas com todos os partidos da base aliada, quando solicitada. "O governo não são só os ministros e toda a sua estrutura, o governo é também a base de sustentação, sem ela é muito difícil hoje, em um país democrático, que você consiga aprovar seus projetos e levar ao conhecimento da população todas as transformações que estão sendo realizadas. Acredito que essa comunicação é crucial", disse. PAC A ministra que, além de tratar de eleições, também conversou com os parlamentares sobre obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), afirmou que "o PAC, em seu nascedouro, não é um programa eleitoreiro" e que significa uma "reforma política na prática". A explicação da ministra é que o programa destina recursos não apenas para governantes da base aliada, mas também para os estados dirigidos pela oposição. "Quando estruturamos o PAC, chamamos todos os governadores e prefeitos para, juntamente com eles, escolhermos os projetos que seriam contemplados com os recursos. Ao fazer isso, o governo federal mostrou que estava rompendo com a pratica tradicional do clientelismo no Brasil", afirmou a ministra Dilma Rousseff. (Com Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo)
Encontrou algum erro? Entre em contato