PUBLICIDADE

Dilma diz que eleição de Honduras terá que ser considerada

Na Alemanha, ministra da Casa Civil também reafirmou que pode ser pré-candidata à Presidência.

PUBLICIDADE

Por Marcio Damasceno
Atualização:

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira durante viagem à Alemanha que o governo brasileiro terá de considerar as eleições em Honduras nas discussões sobre a crise política no país. "Em Honduras não estávamos discutindo eleição, estávamos discutindo golpe de Estado. Há uma diferença muito grande entre uma coisa e outra", disse Dilma "Acho que esse novo processo aí [eleitoral] vai ter que ser considerado. Houve uma eleição" "Mas continuamos divergindo (de outros governos) em chamar o governo do [presidente interino Roberto] Micheletti de algo que não seja um golpe de Estado. Vamos ter que levar isso agora em consideração." Ela disse que a situação em Honduras é "bastante turbulenta". "Vamos ter que levar isso [as eleições em Honduras] em consideração. Não vou comparar com o Irã, no Irã houve uma eleição." Candidatura Dilma também reafirmou que pode ser pré-candidata à Presidência em fevereiro e citou sua experiência nas viagens ao exterior junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva como uma vantagem em política externa. "Ainda não sou candidata, vou ser ou não vou ser. Mas tudo indica que até vou ser pré-candidata em fevereiro", disse. "Eu coordeno, em geral, os programas internos do governo. Mas nessas viagens eu sou, vamos dizer, uma testemunha ocular especial. Eu assisti nos últimos dias a conversa do presidente com o [premiê britânico] Gordon Brown, com o presidente [Nicolas] Sarkozy, com o [presidente chinês Hu] Jintao, as duas primeiras com o [americano Barack] Obama, quase todas as com o Bush. Então, de uma certa forma, a política externa brasileira é do meu conhecimento. Não tenho nenhuma dificuldade para lidar com ela, não." Trem Campinas-SP-Rio Dilma falou com os jornalistas durante viagem da comitiva do governo no trem de alta velocidade alemão ICE. A Siemens é uma das possíveis concorrentes a equipar a linha de alta velocidade entre Rio e São Paulo planeja de pelo governo. "Tem uma concorrência robusta", observou. "O que estamos pedindo é que se faça um trem que ligue Campinas-São Paulo-Rio e que seja a tarifa mais baixa e menor valor de empréstimo que o governo disponibilize", afirmou. Ela afirmou que a transferência de tecnologia para o Brasil é um dos pontos fundamentais para a concorrência. Ela previu que quem ganhar a concorrência pode auxiliar em outros projetos em outras linhas de alta velocidade no Brasil e mesmo em linhas de metro. "Quem fizer uma combinação que é a quantidade de recurso que vai disponibilizar mais a menor tarifa possível, vai ganhar." "A gente exige transferência de tecnologia, porque esse é o primeiro trem. Você tem outras possibilidades de construção de trens de alta velocidade no Brasil, como para São Paulo, Curitiba, Brasília, Belo Horizonte, Rio", disse Dilma. Ela disse que o Brasil espera até mesmo exportar tecnologia com o aprendizado do trem de alta velocidade. Dilma não quis dar destaque às vantagens especiais do trem alemão, mas deixou claro que vê qualidades no projeto. "Esse trem não tem uma locomotiva só, tem tração em todos os vagões", comentou. "O ministro alemão estava me dizendo, que neste trecho (de Berlim a Hamburgo) não há mais avião, porque não vale a pena." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.