
23 de junho de 2010 | 19h35
A resposta de Dilma a respeito do futuro de Battisti, caso tenha de tomar uma decisão, se for eleita, foi tão ambígua quanto a decisão do STF. De acordo com o tribunal, caberá ao presidente da República decidir o futuro do ex-ativista de esquerda acusado de terrorismo. O voto do ministro Eros Grau, do STF, deu esperanças aos defensores da permanência de Battisti no Brasil. Segundo o acórdão da Corte, a palavra final caberá ao presidente da República, que deverá levar em conta o tratado de extradição assinado entre Itália e Brasil.
O presidente poderá, em sua decisão, verificar a possibilidade de o ativista ser ou não perseguido pelo governo italiano. Como no Brasil não há prisão perpétua, à qual Battisti está condenado na Itália, os contrários à extradição, como o senador petista Eduardo Suplicy (SP), acreditam que o presidente pode alegar que a pena é incompatível com a legislação brasileira.
Na resposta à pergunta da rádio sobre sua posição a respeito do futuro de Battisti, Dilma afirmou: "Acredito que houve uma posição do Supremo Tribunal Federal (STF). Acho que o presidente Lula, até o final do governo, decidirá sobre o caso. Mas, se não se decidir, acho que terá de se cumprir a decisão do STF. E a decisão do Supremo é clara".
Battisti está preso na Penitenciária da Papuda desde março de 2007, enquanto aguarda a decisão do presidente da República. Antes do julgamento do pedido de sua extradição, feita pelo governo da Itália, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, recusara a extradição.
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