Dilma deve rever participação em debates eleitorais

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Por Andrea Jubé Vianna
Atualização:

A coordenação da campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) começou a avaliar a participação da candidata nos próximos debates. A percepção é de que o excesso de exposição pode prejudicar seu desempenho na disputa. Na condição de líder das pesquisas, Dilma estará cada vez mais exposta aos ataques dos adversários. Com o placar favorável, estrategistas da campanha acham melhor lidar com as críticas à ausência dela nos debates e com a pecha de "fujona" que encarar os riscos de muitos confrontos com os outros candidatos.

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Estão programados, pelo menos, mais cinco debates entre os presidenciáveis até o dia da eleição. O primeiro será promovido pelo Estadão e TV Gazeta no próximo dia 8 de setembro. O seguinte está agendado com a Rede TV para o dia 12 de setembro. Depois será promovido um outro pela Rede Record no dia 26. A TV Globo realiza o último debate antes do pleito, no dia 1º de outubro. Um quinto confronto deve ser promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em setembro.

No início da campanha, Dilma chegou a declarar que participaria de todos eles. Mas nos bastidores cresce a constatação de que não compensa submetê-la a tanta exposição. Depois que o último Datafolha apontou a petista 17 pontos à frente do tucano José Serra, os coordenadores da campanha decidiram que doses extras de cautela e prudência farão bem neste momento.

Carta

Na segunda-feira, ela não compareceu ao debate promovido pela TV Canção Nova e rede de emissoras católicas. Apenas enviou uma espécie de carta-compromisso "ao povo de Deus", em que se dirige aos cristãos de um modo geral (católicos e evangélicos, principalmente).

Não é uma estratégia inédita. Ela já foi explorada nas eleições anteriores pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, quando ambos estavam bem nas pesquisas.

Assim, não está confirmada a participação da petista no próximo embate, que será realizado pelo Estado e pela TV Gazeta, no próximo dia 8, nem no evento da CNBB - entidade que ela visitou na semana passada. O mais provável é que se ela mantiver a liderança nas pesquisas, só compareça aos debates das Redes Globo e Record.

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