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Dilma descarta 'ruptura institucional' ao ser questionada por suecos sobre impeachment

Presidente afirma que Brasil busca estabilidade política e que crise não vai afetar compra de caças Gripen NG

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Por Andrei Netto
Atualização:

Estocolmo - A presidente Dilma Rousseff descartou na manhã desta segunda-feira, 19, em Estocolmo, na Suécia, que seu governo corra risco de impeachment em razão da crise política. Segundo ela, não haverá "ruptura institucional" no Brasil nem "crise política mais acentuada". 

As declarações foram dadas em entrevista concedida ao lado do primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, minutos após encontro bilateral com o chefe de governo do país europeu. Questionada pela imprensa local sobre se as crises econômica e política e a ameaça de impeachment colocavam em risco o contrato de US$ 4,5 bilhões com a Saab para aquisição de 36 aviões de caça Gripen NG, que equiparão a Força Aérea Brasileira (FAB), a presidente descartou a possibilidade.

A presidente Dilma Rousseff em entrevista ao lado do primeiro ministro da Suécia,Stefan Lofven, em Estocolmo Foto: JONATHAN NACKSTRAND/AFP

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"Eu asseguro que o Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional", respondeu. "Nós somos uma democracia e temos tanto um Legislativo, como um Judiciário e um Executivo independentes, mas também que funcionam com autonomia e harmonia. Não acreditamos que haja nenhum risco de crise política mais acentuada."

Dilma ressaltou ainda que países da Europa e Estados Unidos, que sofreram mais o impacto da crise econômica de 2008, não romperam contratos firmados, e que não há razões para crer que isso poderia acontecer no caso da Saab no Brasil. Como já havia feito minutos antes em discurso a empresários suecos, a presidente reiterou a força da economia do País e o caráter "conjuntural" da turbulência econômica. 

"O Brasil tem uma economia estruturalmente sólida. Nós não temos bolhas de crédito, não temos um processo estrutural que leve o Brasil a uma crise profunda, não temos problemas monetários", enumerou. "A crise do Brasil é conjuntural e está sendo enfrentada."

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