Dilma defende reforma política via consulta popular

Candidata do PT à reeleição afirma que discutiu tema com CNBB. Em entrevista à imprensa no Palácio do Alvorada, presidente também diz que é preciso mais ética no processo político-eleitoral

PUBLICIDADE

Por RICARDO DELLA COLETTA E RAFAEL MORAES MOURA
Atualização:
"Do ponto de vista do governo, apoiamos essas iniciativas que busquem uma reforma política que torne as instituições do tamanho do Brasil", afirmou Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff voltou a defender na tarde desta segunda-feira, 25, uma reforma política que seja feita via consulta popular. Em declaração à imprensa no Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência da República em Brasília, Dilma relatou um encontro que manteve com o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, na qual o tema foi discutido.

A presidente disse que foi comunicada que a CNBB vai promover, no feriado de 7 de Setembro, um grande esforço para recolhimento de assinaturas para a realização de um plebiscito sobre a reforma política. "Do ponto de vista do governo, apoiamos essas iniciativas que busquem uma reforma política que torne as instituições do tamanho do Brasil", afirmou.

Força.

Dilma disse que apenas uma reforma política feita via consulta popular trará força para que o tema vingue e que a pauta não é específico de nenhum dos três poderes da República. Dilma defendeu mais ética no processo político-eleitoral e afirmou que é preciso que a sociedade se mobilize e apresente suas propostas sobre a reforma política.

Sobre uma das bandeiras do PT no debate, o financiamento público de campanha, Dilma disse que o governo "não quis pautar ninguém" ao encampar o tema no Congresso Nacional - que foi fortemente criticado por partidos aliados e acabou não vingando.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.