
24 de setembro de 2014 | 14h51
"Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser humano e na universalidade de seus direitos fundamentais. Estes devem ser protegidos de toda seletividade e de toda politização tanto no plano interno como no plano internacional", disse a presidente em discurso na abertura da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).
"O racismo, mais que um crime inafiançável, é uma mancha que não hesitamos em combater, punir e erradicar. O mesmo empenho que temos em combater a violência contra as mulheres e os negros, os afrobrasileiros, temos também contra a homofobia", afirmou, citando decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
Assuntos relacionados aos direitos LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros), como a criminalização da homofobia e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, entraram no debate eleitoral no país, principalmente após o PSB ter divulgado revisão do capítulo do programa de governo de sua candidata, Marina Silva, sobre direitos dos homossexuais.
Marina, principal adversária de Dilma na disputa eleitoral, tem se defendido das críticas e afirmado que a mudança ocorreu para corrigir uma "falha de editoração", mas parte do movimento LGBT considerou a alteração do programa um retrocesso.
Justamente após a mudança no programa de governo de Marina, Dilma se comprometeu publicamente com a criminalização da homofobia, um dos alvos da mudança no programa do PSB.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)
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