Dilma defende maior rigor nos controles da Receita

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Por FABIO GRANER E TÂNIA MONTEIRO
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A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse em entrevista à imprensa que é fundamental que a Receita aprimore seus controles para evitar episódios de violação de sigilos fiscais e disse que situações como essa não podem ser encaradas com naturalidade. "Eu tenho cá pra mim que é fundamental que, como são dados fiscais de milhões de brasileiros, que a Receita tenha uma rigidez muito grande, primeiro com fortalecimento de mecanismos de segurança de banco de dados; segundo, não é possível conviver com vazamentos. Portanto, há que investigar e há que se punir caso se detecte algum malfeito e há que se excluir funcionário também", afirmou Dilma. "Não se pode tratar questão de vazamento de forma leniente", completou a candidata.Ela também desvinculou o episódio da violação de sigilo de Eduardo Jorge em Minas Gerais da campanha, destacando que os acessos ocorreram em abril de 2009, antes que as candidaturas, do governo e da oposição, estivessem colocadas. Para reforçar a tese de que não há vinculação eleitoral, Dilma mencionou que dados fiscais de toda a diretoria da Petrobras foram violados em junho de 2009. Questionada se esses episódios todos de quebra de sigilo, que mostram uma fragilização da Receita, demandavam a demissão do atual secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, Dilma afirmou que é preciso ter cuidado para que, em momentos eleitorais, não se comentam "leviandades" contra o órgão."Não acho correto que, por causa da disputa eleitoral de 2010, a gente comprometer um órgão da qualidade e do profissionalismo da Receita Federal. Pode ter falhas, mas não é possível a gente de forma leviana tratar a Receita como um órgão fragilizado. A Receita Federal do Brasil tem uma história e serviços prestados ao País e a gente não pode tratar dessa forma tão leviana. Vamos apurar e ter calma. Se pessoas erraram, foram pessoas e não a instituição. E é preciso cuidado para não cometer injustiças", disse Dilma, afirmando ainda que não vê prejuízos para a campanha dela.

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