Dilma defende Estado indutor do crescimento econômico

Por Venilson Ferreira
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A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, responsabilizou os governos anteriores pelo déficit habitacional no País e atribuiu o aumento da falta de segurança pública no Brasil à ausência do Estado, principalmente na área habitacional. Durante entrevista coletiva, após assinatura de convênios com o governo de Mato Grosso no valor de R$ 50 milhões para construção de casas do programa Minha Casa, Minha Vida, Dilma afirmou que o momento atual difere da década de 50, "quando o Estado tinha de assumir o papel de empresário".Na opinião da ministra, o Estado deve assumir seu papel de regulador e fiscalizador, mas será cobrado também como indutor do crescimento da economia e responsável pela prestação de serviços públicos, como saúde, educação e saneamento básico. Dilma evitou comentar a disputa acirrada pela vaga de candidato ao Senado pelo PT em Mato Grosso, entre a atual senadora Serys Slhessarenko e o deputado federal Carlos Abicalil.A ministra comentou também reportagem publicada no jornal Folha de S.Paulo sobre uma suposta assessoria prestada pelo ex-ministro José Dirceu à Star Overseas, grupo empresarial que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada por meio da aquisição da infraestrutura da rede de fibras óticas da empresa Eletronet. Segundo Dilma, o governo ganhou na Justiça, por meio de um processo que durou três anos, sem qualquer negociação. Além disso, disse ela, a Eletronet não é credora da União.Acompanhada do ministro das Cidades, Márcio Fortes, Dilma participou de uma cerimônia concorrida realizada hoje pela manhã, que lotou o Palácio Paiaguás, sede do governo mato-grossense. Os convênios assinados permitirão a construção de 1.287 imóveis residenciais nos municípios de Cáceres, Tangará da Serra, Várzea Grande e Sorriso.Em discurso, o governador Blairo Maggi (PR) destacou o fato de 40 mil habitações populares, das 62 mil que serão construídas pelo governo do Estado neste ano, estarem sendo viabilizadas por meio de parceria com o governo federal. Maggi defendeu a inclusão na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) da extensão das malhas da Ferronorte de Rondonópolis a Cuiabá.

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