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Dilma cobra reconhecimento por resultado do Brasil na Olimpíada

“Você organiza a festa, arruma a casa, os móveis e, no dia da festa, proíbem de entrar", afirmou a presidente afastada sobre os Jogos do Rio

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Por Pedro Venceslau
Atualização:
Com o coração na mão. Dilma durante evento em São Paulo Foto: Rafael Arbex|Estadão

Sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no palco, a presidente afastada Dilma Rousseff tentou nesta terça-feira, 23, capitalizar o bom desempenho do Brasil nas Olimpíada do Rio durante o último ato contra o impeachment em São Paulo organizado pela Frente Brasil Brasil Popular. 

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Cercada por lideranças e militantes de partidos e organizações de esquerda, Dilma disse que ela e Lula foram “devidamente esquecidos” dos jogos. “Você organiza a festa, arruma a casa, os móveis e, no dia da festa, proíbem de entrar. Essa é a sensação. Eu e o Lula fomos devidamente esquecidos.” 

 Às vésperas de enfrentar a última etapa do impedimento no Senado, Dilma citou o programa Bolsa Medalha, que foi lançado em 2012 por ela e o então ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e que tinha como objetivo coloca o Brasil entre os dez primeiros no quadro de medalha. 

O País acabou em 13°, mas teve seu melhor desempenho na história dos jogos. “De 23° passamos para 13° (no quadro). Demos condições aos nossos atletas. Temos que reconhecer o papel das Forças Armadas.”

Parte do programa consiste e injetar recursos nas Forças Armadas para que ela use sua estrutura no treinamento de atletas de alto rendimento. Boa parte dos medalhistas brasileiros foram treinados dentro dessa parceria e prestaram continência no pódio. 

A avaliação reservada de dirigentes petistas é que Dilma demorou para capitalizar o sucesso dos Jogos Olímpicos como um vitória de seu governo e de Lula. Em um longo discurso feito de improviso, a presidente afastada voltou a defender sua inocência no processo de impeachment. 

“Eu sei que sou inocente. Estão cometendo uma injustiça comigo”. Ela classificou o processo como um “golpe de estado parlamentar”. “A acusação é absolutamente pífia (...), a democracia não está garantida, como muito de nós pensamos”. 

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A petista também acusou o governo do presidente interino, Michel Temer, de estar promovendo um “brutal ajuste” contra a educação, saúde e promovendo um “grande processo” de privatização no País. 

O prefeito Fernando Haddad discursou antes de Dilma e afirmou que a petista foi vítima de um golpe institucional. "Dilma foi vítima de um golpe nos anos 60, quando militava no movimento estudantil. Agora é vítima de outra modalidade golpe, o golpe institucional"

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