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Dilma cobra explicações de Mercadante

Delcídio Amaral (PT-MS) citou ministro da Educação em delação premiada homologada nesta segunda-feira

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Foto do author Vera Rosa
Por Vera Rosa e Carla Araujo
Atualização:

Preocupada com o novo capítulo da delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS), a presidente Dilma Rousseff conversou nesta terça-feira com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e pediu a ele explicações. No acordo de colaboração homologado pelo Supremo Tribunal Federal, Delcídio disse que Mercadante prometeu dinheiro e ajuda até no Supremo Tribunal Federal para que ele deixasse a prisão, em troca de seu silêncio. O senador entendeu que o ministro agiu sob ordem de Dilma, para evitar que ele fizesse delação.  

O senador também afirma que Dilma em 2006, enquanto presidente do Conselho de Administração da Petrobrás, autorizou a aquisição dos primeiros 50% da refinaria de Pasadena, compra que foi finalizada em 2010. Delcídio garante que a presidente tinha pleno conhecimento do negócio, pelo qual o TCU apontou em julho de 2014 prejuízos de US$ 792 milhões Foto: Dida Sampaio/Estadão

Dilma solicitou que Mercadante desse uma entrevista coletiva para esclarecer os fatos. Em conversas reservadas, auxiliares da presidente dizem que a notícia divulgada hoje pelo site da Veja, envolvendo Mercadante – ex-chefe da Casa Civil –, deixou o Planalto sob alerta. A delação de Delcídio foi considerada “explosiva” por dois ministros ouvidos pelo Broadcast Político.

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Na avaliação de interlocutores de Dilma, a crise política se agrava dia após dia e o governo está tão fragilizado que todas as denúncias, sejam elas verdadeiras ou não, esquentam ainda mais o processo de impeachment. A presidente também se reuniu nesta-terça, no Palácio do Planalto, com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), José Eduardo Cardozo (Advocacia Geral da União) e com o assessor especial Giles Azevedo.

“Nós vamos enfrentar mais essa turbulência.Nada chega à presidente porque ela não cometeu nenhuma irregularidade”, disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

 

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