Dilma alcança Aécio em simulação para 2010; Serra vence em todos os cenários

Por Daniel Bramatti
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A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, alcançou o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, nas simulações do instituto Sensus em que os dois são colocados como candidatos à Presidência pelo PT e pelo PSDB, respectivamente. Dilma continua em grande desvantagem, porém, se confrontada com o governador de São Paulo, o tucano José Serra. Tanto Serra como Dilma oscilaram positivamente na simulação em que aparece ainda a candidata Heloísa Helena (PSOL). A preferência pelo tucano passou, em dois meses, de 42,8% para 45,7%. Já a intenção de voto na petista variou de 13,5% para 16,3%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais. A ministra da Casa Civil tem seus melhores índices na região Nordeste. Alcança 26,5% das preferências, ficando em desvantagem de 12 pontos em relação a Serra. Apesar de ter sua principal base política no Sudeste, é no Sul que o governador paulista apresenta melhor desempenho, com 52%. Com Aécio na disputa, a situação mudou nos últimos 60 dias. Antes líder, o governador mineiro aparece agora empatado tecnicamente com Dilma, com 22% e 19,9% das intenções de voto, respectivamente, enquanto Heloísa Helena fica com 17,4%. Com esses três nomes apresentados aos eleitores, Dilma lidera com 30% no Nordeste, onde Aécio aparece em terceiro lugar, com 15,5%. O mineiro está à frente na região Sudeste, com 29% a 14,1%. Nas demais regiões, ambos ficam em situação de empate técnico. Em um eventual segundo turno entre Serra e Dilma, o primeiro venceria por 32,2 pontos porcentuais (53,5% a 21,3%). Na pesquisa de janeiro, essa diferença era de 34,2 pontos (50,8% a 16,6%). Em um confronto direto entre Aécio e Dilma, a ministra seria a opção de 29,1%, contra 28,3% para o mineiro. Há dois meses, o tucano tinha vantagem de 6,5 pontos na simulação de segundo turno. A pesquisa detectou ainda aumento no potencial de transferência de votos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho da candidatura Dilma. Os que dizem que só votariam no candidato apoiado pelo presidente passaram de 15,6% para 21,5%. No Nordeste, esse porcentual chega a 42,6%. Outros 28,6% dizem que "poderiam votar" no candidato de Lula, além de 25,9% que dizem "só conhecendo" - ou seja, condicionam o voto a um nível mínimo de informações sobre o nome indicado. Apenas 20,3% afirmam que não votariam no preferido do presidente.

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