Dias: PSDB vai pedir CPI Mista sobre grampo no STF

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Por Cida Fontes
Atualização:

O PSDB decidiu hoje colocar em prática quatro medidas como reação à escuta telefônica clandestina envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, segundo o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). O partido vai apresentar requerimento ao Congresso pedindo a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara e Senado para tratar especificamente do grampo telefônico envolvendo o presidente do STF e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O PSDB também vai entrar com representação junto ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, pedindo que o Ministério Público investigue a escuta telefônica clandestina. O objetivo é que se faça uma investigação independente. Os tucanos também vão pedir ao presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), que convoque uma sessão conjunta da Câmara e Senado para que detalhe as providências tomadas em relação ao grampo telefônico, uma vez que o alvo da espionagem o senador Demóstenes. Além disso, o PSDB decidiu usar o episódio da escuta telefônica em seus programas de propaganda eleitoral. Ao detalhar essas decisões, o senador Álvaro Dias considerou que o Congresso não reagiu à escuta telefônica ilegal e que a estratégia do PSDB tem o objetivo de combater a paralisação que o governo estaria fazendo em relação ao episódio. Afirmou ainda que o governo vem colocando em prática manobras diversionistas tentando retirar da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) a responsabilidade sobre a escuta telefônica clandestina, citando a tentativa de apontar outros responsáveis, como o sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas. "Trata-se de uma espionagem chapa-branca, a partir do Planalto, através da Abin", acusou.

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