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Desoneração depende de aprovação da reforma, diz Mantega

Segundo ministro, reforma tributária vai permitir ganhos de receita por conta do crescimento da economia

Por Fabio Graner
Atualização:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira, 28,que a desoneração da folha de pagamentos estará vinculada à aprovação da reforma tributária e a seu período de implementação. Segundo ele, a idéia é reduzir a contribuição patronal ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em seis pontos porcentuais, sendo um ponto porcentual ao ano. Com isso, a contribuição patronal para a previdência cairia dos atuais 20% para 14%. Além disso, a contribuição ao salário educação também será retirada da folha de pagamentos e incluída no Imposto sobre o Valor Adicionado (IVA) federal que será criado com a reforma. Veja também: Leia a íntegra da reforma tributária  Veja a cartilha do governo que explica a reforma Proposta de reforma tributária alivia IR da classe média Lula convoca reunião com cúpula do PMDB e gera desconfiança Carga tributária não aumentará com reforma, diz Mantega Reforma tributária precisa de agilidade, dizem empresários Veja os principais pontos da reforma tributária    Ao encaminhar nesta quinta-feira o projeto de reforma tributária do governo ao Congresso, o ministro da Fazenda recebeu dos presidentes da Câmara e do Senado apoio à aprovação do projeto ainda este ano, mas também ouviu críticas ao excesso de medidas provisórias em tramitação. Segundo Mantega, a reforma tributária vai permitir ganhos de receita por conta do maior crescimento da economia e diminuição da informalidade. Estes ganhos de arrecadação, segundo Mantega, serão devolvidos à sociedade na forma de desoneração tributária. O ministro destacou que a reforma prevê uma desoneração dos investimentos por meio da eliminação do prazo de recuperação de crédito tributário, que hoje leva até 48 meses.  Mantega demonstrou otimismo quanto à aprovação da reforma. Ele afirmou ainda que o principal objetivo da reforma tributária é simplificar a estrutura tributária ao mesmo tempo em que promove desonerações, melhorando a posição das empresas brasileiras no mercado internacional. "Queremos reduzir os tributos no Brasil. Vamos pagar menos tributos e vamos pagar tributos menores", disse. Em seguida, o ministro iniciou reunião com o presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN). O ministro disse que não haverá entrevista para esclarecimento da proposta de reforma tributária. Havia previsão de  entrevista do secretário-executivo, Bernardo Appy. Mas o ministro disse que não há necessidade porque ele já falou bastante sobre o assunto. Segundo Mantega, o Ministério vai distribuir a exposição de motivos encaminhada ao Congresso Nacional, com detalhamento da proposta. Texto atualizado às 12h50

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