Desde o início da década, Estado é palco de escândalos

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Por Redação
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Praticamente desde o início da década o Espírito Santo tem sido palco de escândalos de corrupção. Com a operação de ontem da Polícia Federal, os casos agora atingem autoridades dos três Poderes capixabas, com sério desgaste para a imagem do Estado. Em 2001, fitas gravadas por um empresário e entregues ao Ministério Público revelaram esquema de cobrança de pedágios dentro do governo do Estado para liberar financiamentos e sustar cobrança de impostos. O caso obrigou o então governador José Ignácio Ferreira a demitir cinco secretários, inclusive a própria mulher e o procurador-geral do Estado. Em 2003, o foco foi o Legislativo. O então presidente da Assembléia José Carlos Gratz foi preso sob acusação de participar de esquema de distribuição de propina para os deputados e de desviar dinheiro do banco estadual. Nos dois casos, obteve habeas-corpus para responder em liberdade. Ele voltaria a ser preso em 2004 e em 2006, acusado de ser o principal chefe do crime organizado no Estado. Mas conseguiu habeas corpus para permanecer livre. Em abril deste, o Estado foi o centro da Operação Titanic, da PF, na qual 21 pessoas foram presas, entre elas o filho do governador de Rondônia, Ivo Júnior Cassol, acusados de envolvimento com uma quadrilha que importava carros e motos de luxo subfaturados. Os veículos entravam pelo porto de Vitória, com a ajuda de pelo menos dois auditores da Receita Federal na capital capixaba.

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