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Desde 1991, declaração de bens é parecida

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Por Redação
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A prática de José Sarney de transpor o patrimônio da família para os filhos é relativamente recente. Na declaração apresentada em 1978, quando concorreu pela Arena a uma vaga de senador pelo Maranhão, por exemplo, Sarney incluía tudo. Até sua biblioteca particular e uma coleção de santos, declarada à época por 100 mil cruzeiros. Na eleição de 1991, pelo Estado do Amapá, o rol diminuiu consideravelmente. De lá para cá, o senador praticamente mantém a mesma declaração, com pequenas alterações. Nas declarações de bens apresentadas por ele nas duas últimas eleições, em 1998 e 2006, não há referência a uma ação sequer das empresas de comunicação, por exemplo. A ilha de Curupu e a casa colonial que o senador construiu num dos pontos mais valorizados da orla de São Luís também estão fora. O expediente é sempre o mesmo: Sarney repassa os ativos aos filhos por meio de doações. Nas últimas semanas, o Estado reuniu documentos de cartórios de imóveis e declarações de bens apresentadas pela família nas eleições que pai e filhos disputaram, no Maranhão e também no Amapá. A declaração de bens mais recente, das eleições de 2006, relaciona um patrimônio inferior a R$ 5 milhões - a maior parte concentrada em cadernetas de poupança e em ações de um shopping em São Luís.

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