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Descuidar de reduto eleitoral provoca a perda de mandato

Após ser derrotado na eleição em 2008, Paulo Fiorilo (PT), da zona leste, agora mira o eleitorado das regiões oeste e sul

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Por Redação
Atualização:

Eleito vereador com 32 mil votos em 2004, o professor Paulo Fiorilo ficou de fora da bancada do partido na Câmara Municipal em 2008 ao amargar uma perda de mais de 12 mil votos em seu reduto eleitoral, na zona leste. Na primeira eleição, a região havia dado ao petista 25 mil votos. Na tentativa de reeleição, a votação caiu para 13 mil eleitores - na cidade, obteve 21 mil.

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Ex-chefe de gabinete da prefeita Marta Suplicy, Fiorilo entrou na disputa de 2004 como candidato forte. Na época, sua eleição era dada como certa não só pela expressividade que o cargo de chefe de gabinete trazia, mas pela sustentação do grupo político do deputado federal e ex-vereador Devanir Ribeiro (PT), forte na região da Vila Prudente e bairros próximos.

Ao exercer o mandato, Fiorilo fez uma nova aposta. Tentou agregar ao reduto da zona leste o que se chama de "voto de opinião": procurou questionar políticas das gestões de José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (então no DEM) e apresentou projetos de lei como a que obriga a Prefeitura a divulgar receitas e despesas. "Eu perguntava a ele se estava cuidando da base, ele dizia que sim, mas o resultado em 2008 mostrou que não foi bem assim", confidencia um vereador que foi colega de bancada de Fiorilo.

O hoje candidato a vereador aprendeu a lição e refez sua trajetória. Apesar de ter rompido com Devanir - o deputado vai apoiar outra candidata do PT, a estreante Teresa Ribeiro -, Fiorilo procurou compor novos "redutos", ficou próximo do prefeito de Osasco, Emídio de Souza, de quem foi secretário municipal, e começou o corpo a corpo nos bairros bem antes do início oficial da campanha.

Sem a mesma força na zona leste, o ex-vereador mira outras regiões, como o extremo sul da cidade e bairros da zona oeste - parte deles próximos a Osasco. Fiorilo mantém a ligação com o deputado estadual Zico Prado - que também era do grupo de Devanir. "Essa mudança nos apoios, no entanto, nos garante diálogo também com outros setores do partido", afirma Fiorilo. Segundo o ex-vereador, sua candidatura tem uma base mais ampla, composta pelos deputados estaduais Marcos Martins, Edinho Silva, Simão Pedro e Geraldo Cruz, além de Emídio e do vereador Carlos Neder. Num eventual mandato, o plano é discutir o desenvolvimento regional da cidade. Para isso, a conta é uma só: "Preciso de 40 mil votos", repete Fiorilo.

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