Derrotado na Câmara deve ir para ministério, diz Fontana

Líder do PT na Casa disse que ´seguramente´ há espaço para quem perder disputa

Por Agencia Estado
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O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), afirmou nesta segunda-feira que "seguramente" há espaço no ministério do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o candidato que perder a disputa pela presidência da Casa. Ele se referia a Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que tenta a reeleição, e a Arlindo Chinaglia (PT-SP), líder do governo. "O que não for o presidente da Câmara, seguramente estará contribuindo para o ministério no governo Lula", afirmou Fontana. Apesar de ter dito que não falava em nome de Lula, o líder do PT na Casa insistiu que a "estatura política" dos dois candidatos permite essa avaliação. Fontana acredita ainda ser possível uma única candidatura da base aliada à presidência da Câmara, com um dos adversários saindo da disputa. "Nos próximos dez dias deverá haver uma solução", disse. "Não é um caminho sem volta, porque os dois têm muita maturidade". O líder do PT afirmou também que, no momento, o candidato de seu partido tem mais força na disputa do que Aldo e que, na hora certa, um dos candidatos saberá reconhecer que o adversário reuniu mais apoios e deixará a disputa. Candidato responde O presidente da Câmara contestou nesta segunda-feira as afirmações do líder do PT sobre a possibilidade de o candidato derrotado na disputa pelo comando da Casa ocupar um ministério no governo Lula. "Não creio que o deputado Henrique Fontana possa oferecer ministério para resolver a disputa no Legislativo", disse Aldo. "Isso não tem procedência". Aldo lembrou também que a candidatura de Chinaglia é apoiada por Fontana. "O líder tem liberdade de raciocinar de acordo com os interesses do candidato do seu partido", retrucou. "Eu creio que havendo condições para a construção de uma candidatura representativa da Casa, melhor". Mais uma vez, Aldo fez questão de afirmar que sua candidatura à reeleição não é um projeto pessoal e nem pertence ao seu partido. De acordo com ele, trata-se de uma meta de um "amplo leque" de deputados, de todas as legendas.

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