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Derrota inédita e acachapante frustra PFL

Por Agencia Estado
Atualização:

Depois de exatos 315 dias de ataques públicos e denúncias mútuas de corrupção, que marcaram a disputa mais acirrada da história das sucessões do Congresso, o presidente nacional e líder do PMDB, Jader Barbalho (PA), foi eleito, nesta quarta-feira, sucessor de Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) na presidência do Senado. A parceria bem-sucedida entre o PSDB e o PMDB deu a Jader 41 dos 81 votos do Senado, e garantiu ao líder tucano Aécio Neves (MG) a vitória na briga pela presidência da Câmara, com o apoio de 283 dos 513 deputados. Sobrou ao PFL uma derrota inédita, que deixou o partido fora dos postos de comando do Congresso. A cúpula do PFL não escondia sua frustração com a derrota da terceira via lançada à última hora no Senado contra Jader. Único representante do PTB no Senado, o candidato Arlindo Porto (MG) só reuniu 28 votos, em um plenário completo com a presença dos 81 senadores. Na Câmara, a situação ficou ainda pior. Inocêncio teve apenas 117 votos, o que levou a cúpula partidária a concluir que pelo menos 20 deputados pefelistas traíram seu líder. Para agravar o cenário de derrota acachapante, ACM deixou o cargo acusando o presidente Fernando Henrique Cardoso de omissão na vitória de seu desafeto e criticando o governo. Em seu último discurso sentado à cadeira de presidente do Senado, ACM deu pistas de que não suportará calado este desfecho.

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